Partidos tentam alianças para segunda volta
O resultado das eleições presidenciais de domingo na Colômbia abriu a etapa de alianças políticas para a segunda volta, a ser disputada em 17 de Junho pelo candidato de direita apoiado pelo ex-Presidente Álvaro Uribe, Iván Duque, e o candidato de esquerda Gustavo Petro.
Duque, do partido Centro Democrático, obteve 7.569.693 votos (39,14 por cento do total), enquanto Petro, do Colômbia Humana, ficou em segundo, com 4.851.254 (25,08 por cento).
Uma das formações políticas derrotadas na primeira volta, o Mudança Radical, manifestou na segunda-feira a intenção de apoiar Duque.
Gustavo Petro, por outro lado, esbanjou optimismo com a sua votação, classificando-a como “um belo e monumental triunfo”, e, após o anúncio dos resultados, acenou para os concorrentes que não avançaram para a fase final: Sergio Fajardo, da Coligação Colômbia (centroesquerda), Germán Vargas Lleras (centro-direita) e Humberto de la Calle (liberal).
“Convidamos Fajardo e o seu Partido Verde, o Compromisso Cidadão, o Polo Democrático, a esquerda colombiana, convidamos o liberalismo, convidamos para repensar a política Germán Vargas Lleras”, declarou o ex-autarca de Bogotá.
Fajardo, terceiro colocado na primeira volta, com 4.589.696 votos (23,73%), afirmou que é “coerente” com a sua posição e, por isso, não está nos seus planos apoiar nenhum dos dois concorrentes restantes.
“Há uma semana estava sentado dizendo que nem Petro, nem Duque. Foi o que disse a todo o país”, declarou Fajardo em entrevista à “Blu Radio”, sem, porém, fechar a porta a um eventual acordo.
No entanto, o senador Iván Cepeda, que faz parte do Polo Democrático, um dos partidos que apoiaram Fajardo, disse que devia apoiar o ex-correligionário Petro, que ainda tem admiradores neste partido.
“A única decisão razoável e correcta é apoiar Gustavo Petro para criar um governo que apoie o processo de paz (com as FARC), as mudanças sociais das quais o país precisa e a luta contra a corrupção”, disse Cepeda à "W Radio".