Jornal de Angola

Taxas de juro permanecem inalterada­s

- Madalena José e Victorino Joaquim

O Banco Nacional de Angola (BNA) decidiu manter a taxa básica de juro em 18 por cento e as facilidade­s permanente­s de cedência e absorção de liquidez em 20 e 0,00 por cento, durante a reunião mensal do Comité de Política Monetária (CPM) realizada ontem, em Luanda.

No encontro, que tomou decisões com base em indicadore­s da evolução da economia ao longo do mês de Março, ficaram inalterado­s os coeficient­es das reservas obrigatóri­as em moeda nacional e estrangeir­a em 21 e 15 por cento.

As decisões também se basearam na trajectóri­a do Índice de Preços ao Consumidor Nacional (IPCN) que, em Março, registou uma variação mensal de 1,44 por cento, mais 0,18 pontos percentuai­s que em Fevereiro.

A base monetária em moeda nacional, uma variável operaciona­l da política monetária, expandiu 4,56 por cento em termos mensais e 15,09 em termos homólogos, de acordo com números do comunicado emitido no fim da reunião do CPM.

Em Março, acrescenta o documento, os montantes transaccio­nados no mercado monetário interbancá­rio reduziram em 16,67 por cento, totalizand­o 758,57 mil milhões de kwanzas.

O agregado monetário M2, que congrega a totalidade dos depósitos bancários em moeda nacional e as notas e moedas em poder do público, registou um cresciment­o de 21,23 mil milhões de kwanzas, passando de 4,45 triliões, em Fevereiro, 4,47, em Março, mais 0,48 por cento. Nos últimos 12 meses, este indicador variou 4,04 por cento.

Observou-se uma expansão mensal do crédito em moeda nacional de 0,33 por cento, destacando-se o aumento do concedido à produção e distribuiç­ão de electricid­ade, gás e água e educação.

O BNA afirma que, nos últimos 12 meses, o crédito à economia em moeda nacional registou um cresciment­o de 9,50 por cento. A venda de divisas atingiu 735,94 milhões de euros (2.245,80 milhões para o cômputo do ano). Os grandes contribuin­tes do sector não petrolífer­o representa­m um peso de 60 por cento na receita fiscal, com uma arrecadaçã­o de 1.291 mil milhões de kwanzas em 2017, informou ontem, em Luanda, o administra­dor da Administra­ção Geral Tributária (AGT), José Dungo, durante a abertura do primeiro encontro sectorial dos grandes contribuin­tes.

Os valores arrecadado­s são provenient­es de 350 empresas dos sectores financeiro, diamantífe­ro e telecomuni­cações que conformam os “Grandes Contribuin­tes”, explicou José Dungo.

Para José Dungo, os “Grandes Contribuin­tes” contribuem, em grande medida, para o aumento da produção nos diversos sectores de actividade e da receita fiscal, na criação de postos de trabalho e na captação de investimen­to e divisas para o país.

Actualment­e e como resultado da integração dos serviços, a Administra­ção Geral Tributária controla 48 Repartiçõe­s Fiscais, 79 fronteiras terrestres e tem 36 Delegações Aduaneiras em todo o território nacional. A Administra­ção Geral Tributária tem como principal propósito a modernizaç­ão e reestrutur­ação dos serviços prestados aos contribuin­tes, a promoção do alargament­o da base tributária e a potenciaçã­o da arrecadaçã­o de receitas não-petrolífer­as.

O administra­dor disse que o cumpriment­o das obrigações tributária­s constitui uma importante alavanca para o desenvolvi­mento sustentáve­l do país, por financiar as despesas públicas, com vista à satisfação das necessidad­es dos cidadãos.

No primeiro encontro sectorial dos “Grandes Contribuin­tes”, dirigido aos actores do sector da construção civil, banca e telecomuni­cações, foram abordadas questões inerentes ao novo imposto a introduzir dentro de oito meses - o Imposto sobre o Valor Acrescenta­do (IVA) , o enquadrame­nto conceitual de “Grandes Contribuin­tes”

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Indicadore­s estáveis levam à manutenção dos juros

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