Tocoístas fazem preces para uma vida melhor
Milhares de fiéis tocoístas estão na aldeia de Ntaya acampados em tendas e muitos aproveitam para comercializar vestimentas religiosas e alimentos, ao mesmo tempo dobram os joelhos e estendem os braços a orar, a pedir a Deus por uma vida melhor, mais saúde, tranquilidade, prosperidade e sucessos para as suas famílias.
Ao evento, aguarda-se a presença de mais de três milhões de fiéis, e não um milhão como inicialmente foi anunciado, encontramos João Capitão, juntamente com 27 outros companheiros vindos da comuna do Alto Zaza, no município de Quimbele.
O peregrino disse, que além das realizações pessoais, vai rogar para que o poder de Deus dê luzes aos governantes, para que na sua localidade sejam feitos investimentos que garantam melhores condições de vida às populações.
“A comuna do Alto Zaza parece dissociada do país. A estrada está totalmente degradada, não existem canais de comunicação, transportes públicos, energia, água e outros serviços sociais básicos. Vamos orar para que se abram os corações dos nossos governantes e direccionem projectos para esta localidade, para melhorar as nossas condições de vida”, disse.
Maurícia Mateus saiu do Lobito, província de Benguela, veio à peregrinação do Ntaya para entregar a Deus a sua vida e a da família, e suplicar saúde, bem-estar, fim do sofrimento e a solução para seus problemas. Em companhia da sua irmã Ernestina Mateus, a crente tocoísta desde 1963, tem fé que as preces sejam bem sucedidas.
“Desde os meus 14 anos que estou nesta igreja, muita coisa mudou em mim e na minha família. Algumas situações, que ainda me inquietam, vou pedir desta vez à Deus para dar solução, e eu ser ainda mais uma cidadã exemplar aos olhos da sociedade”, referiu.
Janete Miguel, da paróquia - central de Candombe Velho, destacou o nível organizacional do certame e referiu aproveitar o acampamento espiritual para implorar o fim do seu sofrimento e a tranquilidade para a família.
Na aldeia Ntaya está destacada uma equipa médica, composta por técnicos do serviço municipal de saúde de Maquela do Zombo e do Instituto Nacional de Emergências Médicas.