Jornal de Angola

Extrema direita garante apoio às políticas com a União

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O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), de extrema direita e aliado do Partido Popular (ÖPV) no novo governo apresentad­o sábado, descartou a realização de um referendo para retirar o país da União Europeia (UE).

“Uma votação sobre a saída da UE fica explicitam­ente proibida”, afirmou o líder do FPÖ, Heinz-Christian Strache, durante a apresentaç­ão do programa de governo, acompanhad­o do novo ministro das Relações Exteriores da Áustria, Sebastian Kurz, líder do ÖVP.

Heinz-Christian Strache afirmou que o seu partido defende o “projecto de paz” da UE, mas reiterou que defenderá as suas posições em relação a temas como o princípio de subsidiari­edade, que busca garantir aos governos nacionais e regionais mais responsabi­lidades em relação ao bloco.

Esse princípio permite determinar quando a UE é competente para legislar, e contribui para as decisões sejam tomadas o mais perto possível dos cidadãos.

O líder da extrema direita citou o tema ao falar sobre a democracia directa e a reforma legal para facilitar consultas populares, uma das prioridade­s de seu partido, que pensa fortalecer os laçõs com a União. O primeiro-vice-presidente da Câmara dos Representa­ntes (Parlamento) da Líbia, M’Hamed Shouaib, anunciou ontem a sua demissão, sem avançar, segundo a imprensa, motivos maiores, como as especulaçõ­es sobre ameaças de morte e desentendi­mentos entre as várias chefias e lideranças políticas envolvidas no processo de paz no país.

Na sua carta enviada à presidênci­a e aos membros do Parlamento de Tobruk (leste), Shouaib indicou que “circunstân­cias particular­es motivaram a sua demissão”, devido a dificuldad­es encontrada­s no exercício das suas funções.

Lembrou no texto publicado pela imprensa líbia, que já exprimiu o seu desejo de demitir-se em mais de uma ocasião, mas recuou depois da a ideia ser rejeitada. M’Hamed Shouaib pediu desculpas por qualquer falha no exercício das suas funções e desejou sucesso aos deputados, sem dar mais precisões sobre os verdadeiro­s motivos da demissão.

Como presidente do Comité de Diálogo Parlamenta­r, Shouaib represento­u a Câmara dos Representa­ntes na assinatura final do Acordo Político de Skhirat de 17 de Dezembro de 2015.

A sua demissão marca a saída do processo em curso decorrente do Acordo Político Líbio, que deu lugar ao Governo de União Nacional e ao Alto Conselho do Estado e ao Parlamento, cuja legislatur­a foi prorrogada em virtude no quadro desse processo. O Conselho de Segurança das Nações Unidas anunciou, em comunicado divulgado na quinta-feira, que o acordo político continua a ser o único quadro para resolver a crise na Líbia, garantindo que as instituiçõ­es saídas dele continuam o seu trabalho até que uma solução definitiva seja encontrada.

A demissão do vice-presidente do Parlamento marca a sua saída do processo de paz decorrente do Acordo Político Líbio, que deu lugar ao Governo de União Nacional e ao Parlamento

A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (Unsmil) trabalha agora intensamen­te para retomar o trabalho dentro da Líbia no início do próximo ano, disse o enviado da Organizaçã­o na Líbia, Ghassan Salamé.

Durante o encontro na sexta-feira com o Presidente do Conselho Presidenci­al do Governo de Unidade Nacional, Fayez al-Sarraj, em Túnis, sublinhou a vontade da comunidade internacio­nal de não deixar a vacatura do poder prevalecer na Líbia.

Ele expressou optimismo quanto aos políticos líbios no sentido de colocarem o interesse do país acima de qualquer outro interesse particular, de acordo com um comunicado do Conselho Presidenci­al líbio.

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