Progressão de ravinas preocupa a população
A progressão de ravinas nos arredores da cidade do Luena, província do Moxico, pode desabrigar, nos próximos tempos, 647 pessoas, alertou, num documento, o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.
No documento, enviado ontem à Angop, o órgão operativo do Ministério do Interior refere que do número de pessoas que podem ser desabrigadas, 420 vivem no bairro Kwenha, 77 no Sangondo, 76 no Bomba e 74 no Santa Rosa.
O comunicado acentua que nas aludidas zonas existem 23 ravinas, das quais 18 com tendência de progredir e cinco já foram estancadas. Das ravinas em progressão, esclarece o documento, quatro estão no bairro Sangondo e três no Kwenha. Os bairros Aço-Velho, Bomba, Santa Rosa, Viera, Huambo têm, cada um, duas ravinas, enquanto o bairro Zorro tem apenas uma em progressão. O bairro Zorro, localizada a leste da cidade do Luena, tem duas ravinas estancadas, enquanto os bairros Aço, Elavoco e 4 de Fevereiro estão rodeados por ravinas "imobilizadas". O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, lê-se no documento, disse ser a situação preocupante do conhecimento da Comissão Provincial de Protecção Civil e Bombeiros, de quem esperam procedimentos apropriados para travar o fenómeno.
O documento salienta, por outro lado, que, durante os últimos sete dias, a corporação registou um incêndio, causado por curto-circuito, no bairro Nzaji, provocando danos materiais avaliados em 50 mil Kwanzas. O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros deu assistência a 14 aviões que aterraram no Aeroporto Comandante Dangereux.
Na sexta-feira, a engenheira ambiental Rosy Meury Luís afirmou, numa palestra, realizada em Luanda, que as ravinas têm causado prejuízos ao país e estão na origem da destruição de estradas, terra cultiváveis, moradias, além de separarem comunidades