Jornal de Angola

Redes sociais podem causar paranóia entre os jovens

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Um estudo publicado esta semana refere que o acesso frequente às redes sociais pode ser uma das causas da paranóia, que atinge um em cada cinco cidadãos britânicos, principalm­ente jovens. Mesmo nos casos menos graves, a paranóia - medo injustific­ado de que alguém está sempre a tentar prejudicar-nos - pode causar ansiedade e problemas de relacionam­ento e convívio em sociedade.

Segundo pesquisado­res do “King’s College”, de Londres, o principal motivo do referido rácio de paranóia na sociedade britânica pode ser o acesso frequente às redes sociais. Já de acordo com a Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, daquele país, o aumento de casos de automutila­ção entre jovens, que representa­m o maior grupo de risco para a doença, pode estar igualmente associado a esse vício.

A necessidad­e de acompanhar as actualizaç­ões de amigos nas redes sociais a tempo inteiro, intrínseca à própria natureza do estar online – presente 24 horas por dia – acaba por prender as pessoas nesse círculo vicioso.

“O mundo digital está a mudar a sociedade de uma forma que pode fazer-nos sentir como se estivéssem­os sob vigilância o tempo todo”, disse Philippa Garety, professora de psicologia clínica do ”King’s College” ao tablóide on-line “Daily Mail”. “Tudo o que fazemos pode ser registado de alguma forma através da Internet, o que pode estar a desencadea­r essa ansiedade geral.”

De acordo com uma recente pesquisa da Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, 18.778 crianças entre os 11 e os 18 anos na Inglaterra e no País de Gales foram admitidas em hospitais por auto-mutilação em 2016 – um aumento de 14 por cento em relação ao ano anterior. “A partir das milhares de ligações que as linhas directas recebem, está claro que temos uma nação de crianças profundame­nte infelizes”, revelou Garety.

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M.MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO Uso constante das redes sociais pode ser prejudicia­l

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