Exportadores procuram curso elevado do crude
O curso do crude manteve ontem a alta conseguida no dia anterior, com o barril de Brent para setembro a ser negociado no ICE, de Londres, em mais 0,66 por cento, a 50,53 dólares e o WTI vendido no Nymex, de Nova Iorque, em mais 0,94 por cento, a 48,34 dólares.
O Brent chegou a atingir uma valorização de 1,00 por cento, a 50,70 dólares, enquanto o barril de WTI atingiu um pico de 1,29 por cento, ao cotar-se temporariamente, naquele dia, em 48,51 dólares.
Na noite de terça-feira, o curso do crude obteve uma valorização média de 3,00 por cento nas praças de Londres e em Nova Iorque, depois do American Petroleum Institute apontar para uma expressiva queda de 10,23 milhões de barris de petróleo bruto nos Estados Unidos. Os dados oficiais divulgados pelo Departamento de Energia apontam para um descréscimo de 7,20 milhões de barris.
O comportamento dos preços também se verificou depois do anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e da divulgação de dados sobre stocks norte-americanos, noticiou a Bloomberg.
O curso da matéria-prima avançou esta semana depois de uma reunião de grandes produtores de petróleo na Rússia, na segunda-feira, quando a Arábia Saudita prometeu limitar exportações a 6,6 milhões de barris diários em Agosto e a Nigéria anunciou que não deve produzir mais do que 1,8 milhão de barris diários.
O acordo da OPEP, iniciado em Janeiro deste ano e reforçado em Maio, não estava a gerar os efeitos esperados devido ao avanço da produção dos Estados Unidos e de países como a Nigéria e a Líbia, que integram o cartel de exportadores.
O preço do barril de petróleo brent, a referência de Angola, que custava cerca de cem dólares até ao final do ano de 2014, chegarou a níveis inferiores a 30 dólares no ano passado, com uma recuperação posterior difícil.