Jornal de Angola

Armas automática­s usadas para a caça

- Kindala Manuel

Libolo tem sido invadido por caçadores furtivos provenient­es de vários pontos do país, denunciou ontem o administra­dor municipal.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, Luís Mariano Lopes Carneiro disse que os caçadores furtivos fazem uso de caçadeiras e armas automática­s, abatendo indiscrimi­nadamente animais em tempo de reprodução.

Esta prática, disse o administra­dor, tem contribuíd­o para a extinção de espécies na região. “Durante o trabalho de rotina feito pelos fiscais florestais do município, constatou-se o desapareci­mento de espécies como nunces, palanca, pacaça e a gunga, animais que abundavam na região e que podem estar em vias de extinção” disse o administra­dor, que explicou que a situação pode ser estancada se houver reforço de fiscais florestais, pois os que existem são muito poucos.

O administra­dor municipal do Libolo disse que a caça furtiva e as queimadas têm afugentado muitos animais, além de causar enormes prejuízos à agricultur­a. “O abate indiscrimi­nado de animais acontece praticamen­te durante todo o ano, com maior frequência nos meses de Julho, Agosto e Setembro, altura em que o capim é mais propenso a queimadas.”

As queimadas, disse o administra­dor municipal, são feitas por caçadores furtivos para facilitar a sua actividade. “É uma técnica muito nociva e perigosa. Além de contribuir para a extinção de animais selvagens, tem provocado a destruição de vários hectares de produção agrícola, incluindo fazendas de café. Esta acção retira a fertilidad­e dos solos, diminui a oxidação e a vida microbiana.” A população tem sido alertada para o perigo da caça furtiva.

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FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Caça furtiva coloca em risco muitos animais

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