Porto regista em Luanda fraca frequência de navios
O Porto de Luanda registou no primeiro trimestre deste ano uma frequência de dois navios de longo curso por dia, provenientes de diversas partes do Mundo, o que representa um decréscimo na ordem dos seis por cento relativamente ao período homólogo do ano de 2016.
Devido às restrições financeiras, a evolução mensal de tráfego de navios de longo curso, de Janeiro a Março, registou uma flutuação, com um pico no início do ano e uma quebra em Fevereiro, tendo ligeiramente subido no mês de Março.
Na movimentação de mercadorias, a direcção admite ter registado um crescimento no primeiro trimestre de 2017, na ordem de quatro por cento, comparativamente a igual período do ano passado. Os dados mostram que em 2015 o Porto de Luanda registou um fluxo de 900 navios de longo curso, contra 732 em 2016.
Durante o exercício económico de 2015 foram movimentadas no Porto de Luanda 753.286 Teus (Unidades de Medida de um Contentor), contra 541.346 do ano seguinte, demonstrando uma redução de 28 por cento. O tempo médio de extracção de mercadorias nos navios porta contentores foi de 24 por 48 horas e para os de carga geral de 72 horas por 120. Nos navios “ro-ro” a média foi de 12 por 24 horas, de acordo com o volume de carga.
Entre os desafios que se colocam ao maior porto do país, está a necessidade de se adequar os serviços aos desafios logísticos e portuários e, também, de procurar novas soluções para superar as dificuldades actuais e reduzir os custos de operação para as várias linhas de navegação.
O Porto de Luanda é a maior empresa angolana do ramo, seguida pelo Porto do Lobito, sendo que 70 por cento do comércio exterior de Angola, não incluído o petróleo, transita por essa infra-estrutura. Possui quatro terminais, sendo um de carga geral, outro de contentores da Sogester, um polivalente da Unicargas e outro com serviços logísticos integrados, numa aliança entre a Sonangol e Intels, além de 15 armazéns. Fundado a 15 de Junho de 1945, o Porto de Luanda emprega 440 trabalhadores, dos quais 95 são mulheres.