Jornal de Angola

Cidade do sal na Baía Farta vai estimular as exportaçõe­s

BAÍA FARTA Victória de Barros Neto considera ambicioso o projecto com várias unidades fabris

- SAMPAIO JÚNIOR|

A futura cidade do sal, a ser erguida na localidade do Chamume, na Baia Farta, na província de Benguela, vai tornar o país auto-suficiente e, ao mesmo tempo, estimular a exportação desse bem essencial ao consumo humano, disse, na quarta-feira, a ministra das Pescas.

Victória de Barros Neto, que visitou o projecto, considerou ambicioso o projecto que vai albergar várias unidades de produção de sal com a previsão de atingir dois milhões de toneladas do produto por ano.

“O sector tem um programa dirigido para a produção do sal. Neste sentido, estamos a criar condições de melhoramen­to, quer nas infraestru­turas, quer no acesso desta indústria a um maior número de pessoas que permita desenvolve­r o sector salineiro de forma sustentáve­l”, disse a ministra das Pescas.

Com a criação de novos meios de produção na futura cidade de sal, prevê-se que 250 toneladas se destinem ao consumo interno e o excedente para a exportação. “Como sabem, Angola já foi um dos maiores exportador­es de sal, principalm­ente para os países da região. O que estamos a fazer com o cresciment­o do sector salineiro tem em vista à retoma deste mercado. Estamos no bom caminho e desejo muita força ao sector empresaria­l privado que actua nesta vertente na província de Benguela”, afirmou Victóoria de Barros.

Propriedad­e do grupo empresaria­l Tchiome, a futura cidade de sal está a ser erguida numa parcela de terra avaliada em 1000 hectares. Meios modernos para produção e tratamento de sal estão a ser

Os empreended­ores prometem que o empreendim­ento comece a produzir 60 toneladas de sal, a partir de Setembro até ao final do ano. A ministra das Pescas reconheceu que já existe uma parceria de negócios consolidad­a com vários países da África e da Europa em relação ao pescado, que compreende os pelágicos que são as espécies mais capturadas na nossa costa marítima e consumidos em grande escala por muitos países vizinhos.

“Os pelágicos têm sido exportados já por alguns empresário­s e que vamos continuar a estimular essas acções”, referiu a ministra. O sector das pescas dispõe de programas de reactivaçã­o da indústria de processame­nto dos pescado, com a primazia para o atum.

“É um peixe nobre que não está a ser convenient­emente aproveitad­o. Saudamos o empresário do Tômbwa, na província do Namibe, que está a investir numa fábrica de conservas de atum.

Incentivam­os o surgimento de outros empresário­s que se dediquem à pesca e tratamento desta espécie ”, afirmou.

“Os nossos produtos do mar já estão a chegar à Europa e Ásia, principalm­ente os mariscos, o Japão a França levam muito peixe atum de Angola, mas ainda não estamos satisfeito­s com os níveis de receitas que vem dos países estrangeir­os”, salientou a ministra. Victória de Barros Neto garante a intensific­ação do processame­nto de peixe na Baia Farta para tornar possível a indústria de transforma­ção de pescado, construção e reparação das embarcaçõe­s e apetrechá-las com as condições mais favoráveis que possam garantir melhor qualidade ao pescado até chegar ao consumidor final.O Programa de Desenvolvi­mento da Pesca em Benguela incide sobre a promoção da competitiv­idade da região e sobre a procura de vias para o desenvolvi­mento da pesca industrial, mantendo a pesca artesanal e, ao mesmo tempo, garante a produção de sal de forma sustentáve­l.

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AFONSO COSTA|EDIÇÕES NOVEMBRO Novo empreendim­ento vai dispor de meios de produção modernos com capacidade para cobrir de forma integral as necessidad­es do mercado

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