Obra sobre informalidade foi apresentada em Lisboa
O estudo sobre “Economia Informal - O caso de Angola”, do Ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, foi apresentada, na segunda-feira, em Lisboa.
O livro, com 209 páginas, tem como referência a realidade económica e social de Angola, mas o seu alcance teórico e cientifico vai para além da sociedade angolana, projectando-se em todas as realidades africanas com o mesmo histórico económico, político, social, antropológico e psicológico do país.
Durante a apresentação da obra, o adido comercial da Embaixada de Angola em Portugal, Amadeu Nunes, disse que o estudo faz perceber cientificamente o conceito de economia informal, enquanto categoria de compreensão teórica deste fenómeno, a que o autor agrega estudos inovadores sobre as causas desta realidade nos países africanos, a sua abrangência social, política e económica.
“É neste contexto de estudo, de uma matéria com esta abrangência, que gostava de sublinhar a relevância que tem para a cooperação Angola-Portugal conhecer o trabalho de Francisco Queiroz, pois a mesma permite perceber melhor e conduzir as relações de cooperação comercial dos países europeus com os africanos, e especialmente entre Portugal e Angola”, referiu. Amadeu Nunes acrescentou que o autor da obra escreveu que a economia angolana é dominada pela informalidade, lembrando que a economia informal ainda é responsável por mais de 60 por cento do emprego em Angola, domina uma parte considerável do mercado cambial e tem presença marcante em áreas como o comércio, construção, transporte urbano e a prestação de serviços.
“O conteúdo do livro, conjugado com a aprendizagem empírica do povo angolano e da forma como o Executivo tem trabalhado neste período global de crise, permite aos estudiosos dos fenómenos económicos terem uma percepção mais real da conjuntura socioeconómica de Angola e fazerem uma abordagem que ajude a diversificação da economia em todas as vertentes.”
Na apresentação do livro, que conta com uma tiragem de mil exemplares, os presentes foram brindados com a música da cantora lírica angolana Té Macedo.
Na cerimónia estiveram presentes a ministra Conselheira e encarregada de Negócios da Embaixada de Angola em Portugal, Isabel Godinho, o embaixador e representante de Angola junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Luís de Almeida, professores da Faculdade de Direito de Lisboa, diplomatas, funcionários da Embaixada de Angola em Portugal e estudantes.