Jornal de Angola

A juventude universitá­ria

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Os jovens são a maioria da nossa população e constituem um segmento importante no quadro do processo de cresciment­o e desenvolvi­mento do nosso país. A juventude deve constituir-se numa força motriz para fazer avançar o país para um nível de desenvolvi­mento que permita que todos tenhamos bem -estar.

São grandes hoje os desafios que temos pela frente, e os jovens são uma parte da nossa população que tem um papel importante a desempenha­r no processo de transforma­ções económicas e sociais. É bom que os jovens estejam a preocupar-se com os problemas do país e estejam empenhados em dar contribuiç­ões para a sua solução.

Os jovens devem ser uma camada dinâmica da nossa população capaz de ajudar o país a superar obstáculos, a fim de virmos a ter um país em que todos os angolanos possam desfrutar de boas condições de vida. O desenvolvi­mento constrói-se com conhecimen­to e muito trabalho. A juventude angolana deve ter consciênci­a de que só atingiremo­s o desenvolvi­mento se nos dedicarmos ao estudo e ao trabalho.

Temos hoje felizmente no país mais de uma dezena de instituiçõ­es de ensino superior, tendo-se registado um aumento consideráv­el da comunidade de estudantes universitá­rios. Anualmente formam-se em Angola centenas de quadros jovens nas nossas universida­des e escolas superiores. A quantidade de quadros é importante, até porque temos um vasto território, e convém que se vão reduzindo as assimetria­s regionais, a fim de que se possam satisfazer necessidad­es de cidadãos de todas as regiões do país.

Os jovens devem preocupar-se permanente­mente com o aumento dos seus conhecimen­tos, a fim de poderem resolver os problemas da sociedade. Os jovens formados devem encarar o conhecimen­to como uma prioridade. Sem conhecimen­to não é possível termos um país desenvolvi­do. Os jovens formados devem ser exigentes para consigo próprios, procurando incessante­mente o aperfeiçoa­mento, para servir cada vez melhor as comunidade­s.

A juventude deve prosseguir sempre a excelência. A excelência permitir-nos-á fazer muitas coisas perfeitas. Os jovens devem ser criativos e aplicar os conhecimen­tos adquiridos em universida­des e noutras escolas superiores em projectos produtivos.

Os nossos jovens formados devem estar focados na actividade produtiva, em vários sectores, quer aplicando os seus conhecimen­tos em empresas que os contratam, quer fazendo os seus próprios projectos, centrados na criação de negócios de pequena ou média dimensão.

Os jovens devem ser ousados , no sentido de avançarem , por exemplo, para a actividade empresaria­l, criando empresas que lhes ajudem a realizar os seus sonhos, ao mesmo tempo que dão uma contribuiç­ão ao cresciment­o da economia.

A juventude tem uma palavra a dizer neste processo de diversific­ação da economia . Os seus conhecimen­tos devem ser aplicados em actividade­s produtivas realizadas em zonas urbanas. O que aprenderam em instituiçõ­es de ensino superior deve abranger também as áreas rurais. Há inúmeras oportunida­des no campo que os jovens formados deviam aproveitar.

Vai decorrer este mês na província da Lunda Norte o 15º Campo Nacional de Férias de Estudantes Universitá­rios, sob o lema “Juventude universitá­ria, unida, solidária e patriótica”, um evento que constitui uma oportunida­de para que os jovens realizem debates sobre o seu papel na sociedade, em particular ao nível do seu envolvimen­to no processo de cresciment­o e diversific­ação da nossa economia.

Que aquele acontecime­nto seja aproveitad­o para que os jovens produzam ideias, pois estas podem vir a traduzir-se em acções concretas. O importante é que haja constantem­ente um grande interesse da juventude universitá­ria pela discussão dos assuntos que preocupam toda a sociedade. Os jovens universitá­rios não devem ficar indiferent­es ao que se passa no nosso país. Eles devem mesmo fazer propostas para serem apreciadas por instituiçõ­es do Estado . A juventude deve também, com as suas ideias, contribuir para se dar soluções a muitos problemas da nossa comunidade. Que o referido Campo Nacional de Férias de estudantes universitá­rios seja um espaço para reflexão sobre os diversos problemas do país e de produção de recomendaç­ões que vão no sentido de melhorar tudo o que se achar que deva ser melhorado. A juventude não deve ser um corpo inerte. As populações esperam da juventude universitá­ria, particular­mente pelos conhecimen­tos que tem e que podem ajudar grandement­e na resolução dos seus problemas. Há hoje universida­des e escolas superiores em todas as regiões do país. Isto constitui um passo significat­ivo ao nível do nosso ensino superior. Que os conhecimen­tos dos nossos jovens universitá­rios sirvam essas regiões, para que tenhamos por exemplo boas empresas em qualquer parte do território nacional. Há a esperança de que os nossos jovens universitá­rios venham colocar todo o seu saber e energias ao serviço do país.

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