Formação e inovação
Angola tem hoje mais de uma dezena de universidades, o que fez aumentar consideravelmente o número de estudantes do ensino superior desde o fim da guerra em 2002.
Com universidades espalhadas por todo o território nacional, há garantias que, dentro de alguns anos, o país venha a ter quadros suficientes para a prestação de serviços em diferentes regiões de Angola.
O que se pretende é que a comunidade de estudantes universitários tenha as condições propícias para adquirir competências que os tornem técnicos capazes de exercer com eficiência diferentes profissões.
Estamos numa fase em que a procura do conhecimento é uma prioridade, pelo que é importante que os gestores de universidades actuem no sentido daquelas instituições atingirem níveis de organização elevados no interesse de uma crescente qualidade do nosso ensino superior.
Dentro de dois meses inicia-se o novo ano lectivo no ensino superior e importa fazer uma abordagem sobre o que é preciso para melhorarmos o sistema de ensino superior em várias vertentes.
É necessário, na perspectiva da procura da qualidade do ensino superior, fazer-se um diagnóstico transversal a todo o sistema, de modo a detectarem-se os problemas e medidas susceptíveis de os resolver.
Esse diagnóstico deve abranger todos os problemas para depois de detectada a doença a cura ser total. Se queremos atingir a excelência nos nossos estabelecimentos de ensino superior, as entidades encarregadas de fiscalizar o seu desempenho têm de accionar mecanismos que se traduzam efectivamente num rigoroso controlo da sua actividade.
Que essas entidades não hesitem em denunciar irregularidades que se venham a verificar e coloquem permanentemente os interesses de Angola acima dos interesses de particulares.
As instituições de ensino superior têm de trabalhar dentro das regras legalmente estabelecidas não lhes devendo ser permitido contrariarem normas que prejudiquem os estudantes.
Quem pretende criar instituições de ensino superior tem de estar em condições de satisfazer todos os requisitos exigidos pela entidade competente, que tem de estar permanentemente atenta a eventuais atropelos ao regulamentado sobre o ensino superior.
As perspectivas da qualidade do ensino no nosso país vir a conhecer melhorias nos próximos anos são animadoras, a julgar pelas medidas que as entidades competentes do Estado têm tomado para se corrigirem situações que em nada contribuem para que saiam de muitas das nossas universidades quadros devidamente qualificados e por isso mesmo com possibilidades de entrarem rapidamente no mercado do trabalho.
O novo ano lectivo está prestes a começar. Convém que todos os que estão ligados à gestão do ensino universitário público ou privado se debrucem sobre uma série de assuntos ligados à vida estudantil daqueles que são, para já, os futuros quadros e que um dia hão-de ser chamados a resolver inúmeros e diversos problemas da sociedade.
É do interesse do Estado que os alunos universitários adquiram os conhecimentos necessários para quando terminarem os cursos possam contribuir para o crescimento e desenvolvimento do país.
Angola dispõe de um departamento ministerial que trata especificamente do ensino superior e isso dá-nos garantias que as questões ligadas ao ensino universitário são tratadas com maior celeridade e eficiência.
Muitos problemas de que enferma o ensino superior estão há muito identificados e foram inclusivamente objecto de debates públicos.
As entidades ligadas ao ensino superior estão munidas de subsídios que resultaram desses debates para fazer um bom trabalho no quadro da melhoria da qualidade do desempenho das nossas universidades e de outras escolas de ensino superior.
Todo o esforço que se fizer para a melhoria da qualidade de ensino superior tem repercussões positivas ao nível dos agentes económicos essenciais para o crescimento da economia.
Quadros bem formados asseguram também um bom desempenho de empresas que, ao obterem bons resultados, garantem mais postos de trabalho. A formação de quadros nas nossas universidades tem de ser vista como parte do desenvolvimento do país, que garante qualidade de vida.
A boa qualificação dos quadros é condição para a produção ser de elevada qualidade e inovação e geradora de condições de bem-estar para toda a comunidade.
O conhecimento tem de ser uma prioridade e as nossas instituições de ensino superior devem preocupar-se em dotar os quadros que formam de conhecimentos que os ajudem a participar com êxito na luta pelo progresso de Angola.