PIIM NO LIXO DA CORRUPÇÃO (I)
O colectivo de artes, Muxima Yetu Teatro estreia nos dias 28 e 29 de Agosto de 2021 às 19 horas no auditório Njinga Mbande, a peça “O último roubo” sob direcção e dramaturgia de Alberto Chetula e encenação de Floriano Chetula.
OPIIM apareceu na publicidade do Executivo, como sendo o melhor e maior projecto mágico capaz de resolver os grandes problemas dos municípios, com uma gestão parcimoniosa. Passados cerca de três anos este programa é uma decepção. Um fiasco! Muitos recursos estão a ser colocados no ralo, dada a deficiência das obras e a mal aplicação dos montantes financeiros, ante a sobrefacturação, como ocorre, em alguns projectos, na província de Benguela. É um autêntico escândalo, o que se passa com os contentores de lixo, que também entrar no PIIM, mas para engordar uns poucos nababos, amigos de quem manda e tem uma intíma relação com a corrupção.
Não é justificável o governo prescindir de compras directas ao fabricante, só para ajudar a engordar a empresa de um amigo, cujo enriquecimento, numa série de negócios, em Benguela, é através de negócios escuros e ladroagem ao erário público, desde obras de construção civil de qualidade duvidosa a fornecimento de bens e serviços, com valores acima da média. Uma autêntica roubalheira, ver dinheiro do PIIM aplicado em contentores de lixo, em Benguela, governado pelo amigo do Presidente da República, o empresário Luis Nunes.
Segundo a sinopse da peça enviada ao Folha8, “O último roubo” narra a desobediência parental, a amizade e os contornos da corrupção no contexto angolano. Pode ler- se igualmente na nota introdutória “quando na sanzala um filho desobedece o seu progenitor o futuro deste é incerto de paz. Nga Zeza ( personagem) sem ter frequentado a universidade educou Wassamba ( personagem) a saber escolher os amigos com quem andar, mas infelizmente faltou a chave para que toda fórmula química funcionasse. Na ânsia de perder a virgindade, ao conhecer a jovem Lolita, uma mulher que somente o seu olhar é capaz de seduzir a fúria de um jacaré ou leão a ética e a moral de Wassamba saem pela janela e com as mudanças de políticas no Paradigma de Combate a Corrupção e Branqueamento de capitais o amor é posto a prova. Gomito gatuno com uma folha de serviço invejável em roubos sendo o Best- sellers do antigo mercado do roque Santeiro defende a sua tese de impugnação contra a nomeação do Ngana Soba de PunguaNdongo como o novo gerente do banco da aldeia”
Alberto Chetula, dramaturgo e director do grupo afirma que “procurou com a peça juntar- se ao Presidente da República João Lourenço na luta contra a corrupção e o fim das impunidades com fito de incentivar o investimento do estrangeiro nos vários domínios para alavancar a economia do país” adiantou.
Os ingressos para o espectáculo podem ser adquiridos no local do evento ao valor pecuniário de cinco mil Kwanzas. Os participantes estarão sujeitos as medidas de biossegurança impostas pelo novo decreto presidencial.
A ELIVULU Editora anuncia o lançamento de «Viver sem se cansar – Ensaios sobre a vida», livro da autoria de Januário Kahango Panela Nova, Mestrando em Ciências da Educação e Funcionário do Instituto Nacional de Formação de Quadros da Educação – INFQE, a 3 de Setembro de 2021 às 16 horas no restaurante Seque Service em Luanda.
Segundo a sinopse da obra enviada ao Folha8 « Viver sem se cansar - Ensaios sobre a vida » não é uma receita sobre como viver a vida, mas um conjunto de reflexões livre sobre a própria vida que ocorre. Segundo o reverendo Jorge Baptista, que assina o prefácio, Januário Kahango, sendo um indivíduo dado tanto às letras sagradas, quanto às seculares, deseja conduzir- nos num caminho que remove da vida o fardo de uma existência sem propósito, de um viver por viver, de uma vida que anula Deus e mutila a fé.
É o terceiro livro impresso integralmente com o apoio financeiro da comunidade de leitores e leitoras, através do mecanismo denominado «Financiamento Colectivo do Livro » , estratégia de sustentabilidade criada pela ELIVULU Editora, uma economia criativa e de multidões.
O livro será apresentado a 3 de Setembro, às 16H, por Nvunda Tonet, psicólogo clínico e psicoterapeuta conjugal, no restaurante Seque Service, na Cidade Desportiva, ao lado da quadra de ténis, distrito urbano do Rangel. Francisco Doceta, músico gospel, fará a actuação musical. Os leitores terão de desembolsar dois mil e quinhentos Kwanzas angolanos para ter acesso ao livro que contém cento e vinte páginas.
Os presentes terão de cumprir as medidas de biossegurança devido à pandemia da Covid- 19.
Com o correr do curso da humanidade, a maior parte vai acabando frustrada, louca e sem noção de muitas coisas. Enquanto uns vão tendo tudo, outros vão tendo nada. Se, por um lado, alguns humanos vão celebrando a invenção de novas coisas cada vez mais; a actualização de meios técnicos e tecnológicos; a exploração do espaço e outras coisas admiráveis, por outro lado, uma boa parte da humanidade vai sobrevivendo na linha ou abaixo da linha da subnutrição: com água imprópria para o consumo; escassos alimentos e quase sem tempo para celebrar a vida
Éessa parte da população, os pobres e miseráveis, que constitui quase 95% da população de cada país do globo azul. Essa população acaba por ser a grande parte do eleitorado dos países considerados democráticos. Por ser uma população com inúmeras necessidades, está sujeita a eleger o pior dos homens para a cargo mais alto do país durante quatro ou cinco anos, desde que esses, os indivíduos que não deveriam, em condições normais, chegar à presidência de um país, metidos com académicos e/ ou outras pessoas que dominam o modus operandi das sociedades, as ideologias das castas e as necessidades das populações, surjam em épocas eleitorais com discursos utópicos, discursos que dizem, exactamente, aquilo que 95% da população de cada país do globo azul almeja ouvir.
O problema daqueles que não trabalham, dos que mais trabalham, mas ganham pouco, dos pobres e miseráveis resume- se em quatro elementos: saúde, alimentação, segurança e ensino. Ora, o que muitos políticos fazem é trazer esses elementos nos seus discursos para que, então, o povo, a maior parte que perfaz o tecido social, possa se rever nos seus discursos e os terem como preferidos para dirigirem as suas nações e darem aquilo que, realmente, o povo precisa: mais emprego, melhoria dos salários, impostos reduzidos, segurança, saúde, ensino e alimentação. Porém, o que acontece é que essas pessoas, os políticos depravados, verdadeiramente, não ouvem o povo, escutam, somente, a voz que vem de dentro deles, fazem somente o que acham positivo, independentemente do que a maior parte da população - os pobres, os que mais trabalham, os desempregados, os subnutridos - acha. Soubesse sobre isso, o povo não os elegeria nunca. Dessarte, esse gênero de político não vem da classe baixa, pobre, surge, normalmente, da classe média ou alta das sociedades, são pessoas com algum poderio económico, seres que acham que nasceram para brilhar, para deixar um legado e andam, quase sempre, ligados aos media. Assim, na véspera das eleições presidências, eles vão aparecendo em quase todas as televisões; em todas as estações radiofónicas e em todos os jornais em formato físico e digital como forma de divulgar as suas imagens, as suas vozes, os seus pensamentos e até os seus modos de ser e de estar. Acontecendo isso, eles vão ficando cada vez mais conhecidos porquanto fazem e dizem coisas que nenhum outro candidato ousaria fazer ou dizer.
Sabido é que em democracia a maioria vence. Gozando dessa obrigação, muitos políticos depravados vão usando os sonhos, os medos e os desejos dos pobres, daqueles que mais trabalham, dos miseráveis, dos desempregados, dos que reclamam pelos preços altos dos impostos e do combustível, dos que desejam estudar e ter segurança nacional para chegarem à presidência das suas pátrias.
Osucesso da entrevista de Liberty Marlin Dircéu Samuel Chiaka, segundo Graça Campos é admitido, com indisfarçável desgosto, é verdade, até pelo outro lado. Com isso ficou provado o velho aforismo segundo o qual a morte de uma andorinha não acaba a Primeira. Ou seja, trancar as portas da comunicação social à oposição não se traduziu na sua morte. Donde, os “estrategas” reunidos no Gabinete de Acção Psicológica da Presidência da República vão ter de puxar mais pelos seus neurónios. A cura para os males do Mpla/executivo não está em diabolizar os adversários ou descobrir-lhes insuficiências e deficiências. Está em trabalhar para atender as súplicas dos cidadãos. As manifestações de apreço ao desempenho d Liberty Chiaka são prova de que o povo ( já) não perde tempo com a gasta cantilena de que UNITA e outras forças da oposição são responsáveis pelas tragédias (incluindo a descoberta e expansão da Covid-19) que infernizam o quotidiano dos angolanos. Constatado o fracasso da velha estratégia, passe-se para o estágio seguinte, ou seja, proporcione-se à oposição o mesmo espaço que é dado ao MPLA/ Executivo nos órgãos de comunicação social do Estado. Suficientemente adulto, o cidadão saberá distinguir a carne de lombo de vaca do gato que é vendido como lebre”.