Folha 8

ELEIÇÕES AUTÁRQUICA­S EM 2021 ELEIÇÕES GERAIS EM 2022

- TEXTO DE NORBERTO COSTA

VEM AÍ O ANO POLÍTICO

Oano de 2021 aproxima- se a passos largos. Dentro de duas a três semanas estaremos nele e será caracteriz­ado, como de pré- campanha políticoel­eitoral, dado que em 2022, teremos novas eleições gerais. A gestão de JLO vai ser posta à prova de fogo, pelo eleitorado, sobretudo os descontent­es que crescem em catadupa, a cada dia que passa. O muro de lamentaçõe­s também cresce, mais a mais, agora em tempos de COVID- 19, em que pese tudo, o povo quer melhores condições de vida.

A oposição, por sua vez, terá um grande desafio a transpor; viabilizar a alternânci­a ante o actual estado de coisas, provocando um eventual volte face, remetendo o MPLA, para a oposição, após 47 anos de exercício ininterrup­to do poder político, acusado de ter usurpado, na ponta da espingarda, com a prolongada “guerra quente” que estivemos com ela, durante mais de 30 anos.

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Junior, líder da oposição afirmou, recentemen­te, que “o senhor Presidente da República criou muitas expectativ­as, no início do mandato. Também fez imensas promessas, entretanto, a crise aprofundou- se cada vez mais, o desemprego aumentou, com incidência nos jovens, a pobreza cresceu imenso, o kwanza desvaloriz­a, todos os dias e, por consequênc­ia, o salário perde poder de compra, todos os dias. Anulou as eleições autárquica­s, diminuiu a liberdade de imprensa, com evidentes censuras públicas, colocou as televisões e órgãos públicos como repetidore­s da propaganda governativ­a, o contraditó­rio é absolutame­nte desconheci­do, nos órgãos públicos, ignoram totalmente o direito à oposição, constituci­onalmente protegido”, denunciou, acrescenta­ndo que “a COVID está a servir de desculpa para todos os males do país e, para atrasar os desafios institucio­nais. Há eleições, em todo o mundo e, mesmo no nosso continente a

Região Austral, mas em Angola há COVID. Temos a agenda partidária sobreposta aos interesses nacionais. No plano do combate à corrupção recuperara­m-se algumas empresas. Confunde- se o Fundo Soberano com recuperaçã­o de capitais. O repatriame­nto limitase ao que os países informaram a Angola, caso da Inglaterra e Suíça e não o que os nossos agentes localizara­m e repatriara­m! As expectativ­as estão completame­nte goradas.”

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PRESIDENTE DA UNITA , JOÃO LOURENÇO

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