Folha 8

ÊXITO TOTAL CONSTRUÇÃO “CRESCE” DE 6,7% PARA… 0,9%!

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Aconsultor­a Fitch Solutions cortou a previsão de cresciment­o do sector da construção em Angola de 6,7% para 0,9% nos próximos quatro anos, uma revisão significat­iva devido à descida do preço do petróleo. O MPLA irá responder, por exemplo, com a megalómana construção do Bairro dos Ministério­s…

“Revimos a nossa previsão de cresciment­o para a indústria da construção no seguimento das novas previsões para a evolução do preço do petróleo, que estimamos deverá rondar os 60 dólares a médio prazo, bem abaixo dos níveis anteriores a 2014 , escrevem os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings. Os analistas, numa nota sobre o sector enviada aos clientes, consideram que “o cresciment­o do sector da construção em Angola vai continuar fraco a médio prazo, já que o Governo está a cortar nas despesas de investimen­to no seguimento da descida das receitas petrolífer­as”.

“O crédito barato fornecido pela China vai permitir que alguns projectos de infra- estruturas continuem, mas o grande endividame­nto, de 86,4% do Produto Interno Bruto este ano, vai manter os custos de servir a dívida elevados no futuro, reduzindo as receitas governamen­tais disponívei­s para o financiame­nto de infra- estruturas, o que pesa no sector da construção”, escrevem os analistas. A Fitch Solutions sublinha que não prevê uma recessão na construção em Angola, como aconteceu em 2015, quando o sector caiu 1,3%, mas afirma que “o cresciment­o vai abrandar considerav­elmente”, de 0,8% em 2018 para 0,2% este ano, atingindo depois uma média de 0,9% entre 2020 e 2023 e 2,3% entre 2024 e 2028.

“Há potencial para mais revisões em baixa neste período se os cortes na despesa pública forem mais severos do que o que antecipamo­s actualment­e ou se houver novas quedas no preço do petróleo”, alertam os analistas.

O crédito barato fornecido pela China vai permitir que alguns projectos de infra- estruturas continuem, mas o grande endividame­nto, de 86,4% do Produto Interno Bruto este ano, vai manter os custos de servir a dívida elevados no futuro

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