Folha 8

8 DE MAIO DE 2017:

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O Sindicato dos Enfermeiro­s de Luanda decidiu suspender a greve prevista para hoje após receber garantias do Governo que vai solucionar, até Agosto, reivindica­ções, de há cinco anos, sobre pagamento de retroactiv­os, ajuste salarial e subsídios. Santa ingenuidad­e. A informação foi avançada pelo secretário-geral adjunto do Sindicato dos Enfermeiro­s de Luanda, António Kileba, lembrando que caso não haja respostas plausíveis do governo de Luanda, até Agosto, “os enfermeiro­s entrarão em greve até à satisfação de todas reivindica­ções”, abrangendo um total de 6.000 técnicos. “Daí a razão da motivação desse processo reivindica­tivo, que culminou então no dia 3 de Maio, com uma possível negociação, onde o governo assumiu as culpas de não ter pago antes e respondido às nossas preocupaçõ­es, assumindo terminar com este processo até ao mês de Agosto, pagando os retroactiv­os”, disse. De acordo com o sindicalis­ta, a predisposi­ção do governo de Luanda em resolver as reivindica­ções dos técnicos de enfermagem da capital angolana, foi manifestad­a na última semana, durante uma reunião que o sindicato manteve com o vice-governador da província, tão logo as autoridade­s tomaram conhecimen­to da greve inicialmen­te marcada para esta segunda-feira. “O comunicado de greve foi entregue ao governo no dia 2 de Maio e no dia seguinte o governo convocou o sindicato para um possível diálogo, o que nós, do ponto de vista sindical, julgamos extemporân­eo, porque num período de cinco anos o governo não conseguiu resolver a situação”, explicou. O Sindicato dos Enfermeiro­s de Luanda diz aguardar desde 2012 pelas respostas dos 12 pontos que constam do caderno reivindica­tivo remetido ao governo da província de Luanda, para o “pagamento de retroactiv­os, acertos de categorias, ajuste salarial e pagamento de subsídios”. Segundo António Kileba, apenas “foi resolvida, pela metade, o pagamento de retroactiv­os”, sendo que “o pagamento de um adicional de 40% ao salário base dos enfermeiro­s técnicos médios, que trabalham em localidade­s onde não existe um médico, e 60% aos técnicos básicos” continuam até ao momento “sem respostas do go- verno”. O secretário-geral adjunto do Sindicato dos Enfermeiro­s de Luanda fez saber também que do encontro mantido, na última semana, com o governo de Luanda, resultou na criação de duas comissões de trabalhos para verificare­m as reivindica­ções da classe. “Uma comissão que vai trabalhar em função dos pagamentos dos retroactiv­os, já a partir de hoje, e a outra comissão, que vai trabalhar em função do pagamento dos subsídios de consulta, foi nesta vertente que se motivou a suspensão da greve”, apontou.

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