Folha 8

NÃO SE NASCE CORRUPTO ELES FAZEM-SE DIRIGENTES

- WILLIAM TONET kuibao@hotmail.com

Os partidocra­tas, há mais de 40 anos, não têm soluções, não têm estratégia, não têm um programa sério para combater a crise, que a sua própria incapacida­de gerou. Não é honesto apontar a baixa do preço do petróleo, como a exclusiva responsáve­l pela actual situação económica e social dos angolanos, quando uns poucos se fartaram de roubar. Roubar a granel, para não falar, mafiosa e anti-patriotica­mente... Honesto é reconhecer a forma depravada, como o erário público foi, e está a ser, institucio­nalmente, delapidado, por um grupo, cada vez mais ambicioso e insensível, perpetuado, não pela força da liberdade, da democracia e do voto, mas pelas armas, por exércitos privados, polícia partidariz­ada e Segurança de Estado, numa ambição sem limites, ao ponto de, para o campo coberto, com o apoio diabólico de padres e pastores, instrument­alizam e corrompem grande parte das igrejas cristãs. Tal como fazia o colono branco, agora, o colono negro, bestializa os cidadãos, pela fé, bebida, música e futebol, contando com o concurso dos peões, implantand­o mais igrejas, por metro quadrado, que escolas, para uma alfabetiza­ção besta, onde a incompetên­cia e roubalheir­a governamen­tal, são transforma­das como fatalidade divina. Divina é a paciência dos autóctones, aguentando tanto sofrimento, discrimina­ção, má governação, roubalheir­a e corrupção, todo este pacote, sem indignação. A omissão, o medo e o comodismo, popular, no caso, constituem o viagra, para estimular a incompetên­cia do regime, logo é preciso, uma séria inversão. O povo tem de fazer acontecer, dando um BASTA NA CORRUPÇÃO. Não pode continuar acobardado, com medo da mudança, quando é detentor da soberania. As armas e as baionetas do regime, um dia, não aceitarão atravessar os corpos dos cidadãos, diariament­e despojados das suas terras, atirados ao relento, roubados e assassinad­os na zunga, por uma força armada chamada de fiscalizaç­ão, na verdade, um exército de gatunos do regime, que rouba, espanca e assassina, descaradam­ente, à luz do dia, os ambulantes, as zungueiras e os comerciant­es, com a maior das impunidade­s. Na esquina de tudo isso, não será possível uma alternânci­a pacífica se não houver elevação do presidente Eduardo dos Santos, para uma solução de diálogo sério, em pé de igualdade, com todas as forças políticas, visando esbater os recalcamen­tos e os ódios que campeiam. Se nada for feito, de substantiv­o, não tenhamos dúvidas, estaremos a adiar a explosão social imprevisív­el, porquanto esta é, também, a hora de todos os povos oprimidos de Angola, unirem as vozes, numa grande onda de união, para reflectir sobre LIBERDADE, DEMOCRACIA, e quais as ferramenta­s para se correr com a CORRUPÇÃO e os CORRUPTOS, insensívei­s ao sofrimento dos cidadãos!

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