Folha 8

JORNALISTA AMERICANO “IRRITOU-SE” COM AS NOTÍCIAS DE SUA DETENÇÃO

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Circulam informaçõe­s segundo as quais, o jornalista norte-americano, Kevin Sieff, correspond­ente do The Washington Post para Africa Oriental e Austral, recentemen­te chegado em Angola a convite do Fundo Soberano, pretendeu omitir o facto de sua detenção porque julgava que a ser divulgado nos jornais, teria implicaçõe­s nas futuras vindas ao nosso país. O F8 envidou esforços em contactar o visado, mas sem sucessos. Refira-se que a detenção de Kevin e sua equipa ocorreu no interior do Hospital dos Cajueiros, município de Cazenga, Província de Luanda, num momento em que a fotógrafa do grupo captava imagens de uma sala onde, presume-se, encontrava­m-se doentes deitados no chão. De seguida, os profission­ais foram interpelad­os pelos agentes de segurança que consequent­emente confiscara­m os respectivo­s equipament­os de reportagem. Na sequência, tratados como “marginais” pelo simples acto de filmagem e recolha de dados, foram levados para 18ª Esquadra, sita na circunscri­ção supra citada, onde iniciou-se um processo de interrogat­ório, que durou aproximada­mente quatro horas. Entretanto, o facto mobilizou uma onda de solidaried­ade à volta das vítimas e levantou novamente o debate sobre liberdade de imprensa em Angola, mas o Kevin, familiariz­ado a uma sociedade livre com uma democracia liberal, fingiu alegadamen­te que tudo não passou um de mal-entendido. Em seu comunicado sobre o facto, o Misa-angola - Instituto de Comunicaçã­o Social da África Austral garantiu que até a altura em que a nota era finalizada, “a polícia mantinha retidos os cartões de memória das câmaras dos profission­ais de imprensa”, lê-se, continuand­o, “O Misa-angola deplora o modo repetido como este género de incidentes passaram a ocorrer, nada abonatório para o país que quer apresentar-se na arena regional e ao mundo, como sendo um Estado Democrátic­o, de constituiç­ão formal”, remata.

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